sexta-feira, 9 de março de 2012

As redes sociais chegam às eleições colombianas

Por BBC.

As redes sociais são a principal novidade da campanha à presidência da Colômbia e uma espécie de nova praça pública para os aspirantes que competirão nas urnas no dia 30 de maio. Napoleón Franco, diretor de um instituto de pesquisas que leva seu nome, explicou à BBC que as redes despertaram o entusiasmo do leitor, o que deve garantir uma baixa abstenção na votação (na Colômbia, o voto é facultativo).

"Se foram cumpridos o que as pesquisas estimam, no dia das eleições teremos uma participação de 70% do eleitorado", afirma Franco. O governo acabou de anunciar que metade dos 45 milhões de colombianos têm acesso à internet. Trata-se de uma mudança considerável em um país com uma vasta história eleitoral, no qual os apoios se mediam pelo número de pessoas que assistiam aos comícios. A forma tradicional de fazer campanha não desapareceu completamente, mas agora o fervor dos eleitores pode ser medido pelo número de seguidores dos candidatos no Facebook ou no Twitter, ou pela quantidade de pessoas que consultam os portais de políticos na internet.

O candidato da situação Juan Manuel Santos foi obrigado a mexer em sua campanha depois que o presidenciável do Partido Verde Antanas Mockus reuniu meio milhão de seguidores no Facebook. Todos os candidatos se tornaram mais ativos em redes como o Twitter.

"O processo de formação do efeito cascata não é nenhum mistério: os primeiros conectados vinculam seus próprios contatos, que fazem a mesma coisa, até se converterem numa rede de bom tamanho, sem nenhum centro evidente e com muitos núcleos gerando iniciativas próprias", afirma Boris Salazar, professor da Universidade Del Valle, em artigo na revista Razón Pública. A pergunta que se faz é se o número de seguidores das redes sociais se transformará em votos.

Para o especialista argentino Guillermo Culler, no caso de Mockus o interessante é que a ação por meio das redes sociais "é conduzida pelos usuários, não pela equipe de campanha. Os outros candidatos foram forçados a seguir a iniciativa, mas são mais frágeis por que não têm um movimento espontâneo".

Santos, Mockus e outros sete aspirantes à presidência estão atrás do voto dos jovens, os maiores usuários das redes sociais. "Tudo o que circula influência o eleitor, as mensagens, os vídeos, os documento. Ele compara e toma decisões", disse Jeffrey Ramos, estudante de 19 anos da Universidade Javeriana de Bogotá, As redes sociais são a principal novidade da campanha à presidência da Colômbia e uma espécie de nova praça pública para os aspirantes que competirão nas urnas no dia 30 de maio. Napoleón Franco, diretor de um instituto de pesquisas que leva seu nome, explicou à BBC que as redes despertaram o entusiasmo do leitor, o que deve garantir uma baixa abstenção na votação (na Colômbia, o voto é facultativo).

"Se foram cumpridos o que as pesquisas estimam, no dia das eleições teremos uma participação de 70% do eleitorado", afirma Franco. O governo acabou de anunciar que metade dos 45 milhões de colombianos têm acesso à internet. Trata-se de uma mudança considerável em um país com uma vasta história eleitoral, no qual os apoios se mediam pelo número de pessoas que assistiam aos comícios. A forma tradicional de fazer campanha não desapareceu completamente, mas agora o fervor dos eleitores pode ser medido pelo número de seguidores dos candidatos no Facebook ou no Twitter, ou pela quantidade de pessoas que consultam os portais de políticos na internet.

O candidato da situação Juan Manuel Santos foi obrigado a mexer em sua campanha depois que o presidenciável do Partido Verde Antanas Mockus reuniu meio milhão de seguidores no Facebook. Todos os candidatos se tornaram mais ativos em redes como o Twitter.

"O processo de formação do efeito cascata não é nenhum mistério: os primeiros conectados vinculam seus próprios contatos, que fazem a mesma coisa, até se converterem numa rede de bom tamanho, sem nenhum centro evidente e com muitos núcleos gerando iniciativas próprias", afirma Boris Salazar, professor da Universidade Del Valle, em artigo na revista Razón Pública. A pergunta que se faz é se o número de seguidores das redes sociais se transformará em votos.

Para o especialista argentino Guillermo Culler, no caso de Mockus o interessante é que a ação por meio das redes sociais "é conduzida pelos usuários, não pela equipe de campanha. Os outros candidatos foram forçados a seguir a iniciativa, mas são mais frágeis por que não têm um movimento espontâneo".

Santos, Mockus e outros sete aspirantes à presidência estão atrás do voto dos jovens, os maiores usuários das redes sociais. "Tudo o que circula influência o eleitor, as mensagens, os vídeos, os documentos. Ele compara e toma decisões", disse Jeffrey Ramos, estudante de 19 anos da Universidade Javeriana de Bogotá, que votará pela primeira vez."

As redes são uma revolução que estimula o sentimento segundo o qual a opinião das pessoas conta muito, tem importância", afirmou Napoleón Franco. O especialista, formado em psicologia, registra que as redes estimulam um sentimento básico, o de estar junto. "As pessoas querem participar e isso deixa a campanha mais divertida", diz. Outros analistas mantêm distância do entusiasmo com a internet e as redes sociais. Um deles é Felipe Botero, professor da Universidade dos Andes. Para Botero, o fenômeno das redes é basicamente urbano e os números da cobertura da internet "estão um pouco inflados". "Sou um cético e tenho a impressão de que a origem dessa moda é o uso que Barack Obama deu às redes em sua campanha pela presidência americana", disse o professor. "Cerca de 30% da população da Colômbia vive em áreas rurais onde não existe internet, as pessoas não têm computador e ainda pesa muito a forma tradicional de fazer política."

Guillermo Culler insiste que as redes e a internet se transformaram em armas indispensáveis. "As redes sociais são eficazes para esse tipo de ação, quando se pode criar surpresa e provocação, produzir reações que gerem outras e multiplicar seu efeito", afirmou. No dia 30 de maio, no primeiro turno das eleições, se saberá se o entusiasmo com as redes sociais vai mesmo se traduzir em votos.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/redes-sociais-chegam-eleicoes-colombianas

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