Artes plásticas
Livro mapeia a nova geração de pintores brasileiros e sua busca pela reinvenção do uso da imagem
Tendência de quadros pictóricos nacionais traduz o desejo de uma geração dos novos pintores de aprofundar o papel da informação e da fotografia na arte
Mariana Zylberkan
Nos últimos cem anos, a pintura tem tido uma trajetória cíclica no
mundo da arte. Ora em alta ora ofuscada por outros formatos e suportes,
ela alterna períodos de desvalorização e momentos de retomada, como a
que se vê agora, em todo o mundo. Impulsionada por esse retorno, uma
nova e vigorosa geração de artistas brasileiros embarcou na tinta em
busca de uma reinvenção do uso da imagem. É o que aponta o mapeamento
feito pelo livro recém-lançado Pintura Brasileira Século XXI (Cobogó, 308 páginas, 160 reais).
Organizado por Isabel Diegues e Frederico Coelho, o livro reúne o trabalho de 33 artistas com idades entre 20 e 50 anos. Salvo exceções de pintores dedicados à abstração, a maioria desenvolve a pintura figurativa. Eles usam imagens pré-existentes, como fotos tiradas por eles mesmos ou obtidas por pesquisas, para criar suas telas. A foto é uma espécie de trampolim para a própria expressão, explica o crítico de arte José Bento Ferreira. “Nesse sentido, esses artistas figurativos repensam o papel da imagem, já que a fotografia, que antes contava uma história, é usada como base para contar outras. É como se a imagem, que vinha recalcada desde a arte moderna, tivesse sido desbloqueada.”
A pintura prevaleceu no meio artístico brasileiro em outros dois momentos, recentemente. Nos anos 80, numa reação ao olhar pós-modernista que a encarava como arte dependente do mercado. E na primeira década dos anos 2000, quando um grupo de jovens artistas se lançou com a exposição 2000e8, que reuniu talentos como Ana Elisa Egreja, Bruno Dunley, Marina Rheingantz e Rodrigo Bivar. “Essa nova investida na tinta pode ser explicada pelo esgotamento de outras mídias e também pelo fato de que a pintura deixou de ocupar um lugar de passagem, como algo que deve ser superado pelo artista após o período de aprendizado. Ela voltou a ser vista como possibilidade de trabalho”, diz o artista plástico Paulo Pasta, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Organizado por Isabel Diegues e Frederico Coelho, o livro reúne o trabalho de 33 artistas com idades entre 20 e 50 anos. Salvo exceções de pintores dedicados à abstração, a maioria desenvolve a pintura figurativa. Eles usam imagens pré-existentes, como fotos tiradas por eles mesmos ou obtidas por pesquisas, para criar suas telas. A foto é uma espécie de trampolim para a própria expressão, explica o crítico de arte José Bento Ferreira. “Nesse sentido, esses artistas figurativos repensam o papel da imagem, já que a fotografia, que antes contava uma história, é usada como base para contar outras. É como se a imagem, que vinha recalcada desde a arte moderna, tivesse sido desbloqueada.”
A pintura prevaleceu no meio artístico brasileiro em outros dois momentos, recentemente. Nos anos 80, numa reação ao olhar pós-modernista que a encarava como arte dependente do mercado. E na primeira década dos anos 2000, quando um grupo de jovens artistas se lançou com a exposição 2000e8, que reuniu talentos como Ana Elisa Egreja, Bruno Dunley, Marina Rheingantz e Rodrigo Bivar. “Essa nova investida na tinta pode ser explicada pelo esgotamento de outras mídias e também pelo fato de que a pintura deixou de ocupar um lugar de passagem, como algo que deve ser superado pelo artista após o período de aprendizado. Ela voltou a ser vista como possibilidade de trabalho”, diz o artista plástico Paulo Pasta, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Fonte: url: disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/livro-mapeia-a-nova-geracao-de-pintores-brasileiros-em-busca-da-reinvencao-do-uso-da-imagem
Data da reportagem:
15/04/2012
Data de acesso: 18/04/2012
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