Mas esse tempo já é passado e hoje elas ocupam as mais diversas profissões no mercado de trabalho, como médicas, operárias, comerciarias, professoras, policiais, motoristas de ônibus, taxistas e praticamente todas as demais profissões, indiscriminadamente.
São os tempos modernos, em que já não há mais salários mais baixos que o dos homens para as mulheres que ocupam os mesmos cargos que eles.
O aumento da participação feminina no mercado de trabalho tem contribuído bastante para a redução das diferenças entre homens e mulheres economicamente ativos e paralelamente constata-se o progressivo declínio do número médio de pessoas nas famílias e isso, em razão da progressiva queda da fecundidade, como conseqüência do crescente uso de anticoncepcionais pela mulheres que precisam trabalhar fora, pelo que não querem engravidar.
As maiores dificuldades enfrentadas por elas para a obtenção de um emprego remunerado são as que elas enfrentam quando têm filhos pequenos e precisam deixá-los com alguém que cuide deles para que elas possam trabalhar.
Nota-se, no entanto, que a presença de filhos pequenos não parece impedir a maioria das mulheres de procurar trabalho, mas dificulta o seu acesso à uma ocupação, seja por restringir sua escolha de trabalho por um local mais próximo de sua residência e/ou por um tipo de jornada de trabalho menor ou mais flexível ou, ainda, pelo lado do empregador, por preferir contratar mulheres que não possuam filhos menores.
Essa situação aponta para a necessidade de atenção por parte dos gestores de políticas públicas no sentido de ampliar-se a oferta de vagas em creches e ensino infantil, especialmente no caso das famílias que são chefiadas por mulheres.
Sem dúvida, a entrada das mulheres de forma mais intensa no mercado de trabalho, entre outros motivos, em busca de crescimento e emancipação profissional, fruto do aumento da escolaridade e da possibilidade de novos projetos profissionais, abre a possibilidade de se discutir mais profundamente o papel da mulher e do homem na família e na sociedade, bem como a necessidade de compartilhar de forma mais igualitária as tarefas do lar, da educação, e da criação dos filhos.
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