quinta-feira, 19 de abril de 2012

Islamismo

O Islamismo é uma religião monoteísta, fundada por Maomé, profeta nascido em Meca, cidade da Arábia Saudita, em 570 d.C. A expressão ‘islã’ representa ‘submissão’ e traduz a obediência às regras e aos desejos de Alá. Os que seguem esta doutrina são conhecidos como muçulmanos – os que se submetem a Deus. De acordo com os ritos islâmicos, Maomé obteve das mãos do próprio anjo Gabriel, enviado divino, os preceitos básicos que constituem o Islã – orientações de ordem religiosa, dogmática e moral, organizadas em um livro considerado sagrado pelos muçulmanos, o Corão, que também retrata várias passagens do Antigo Testamento.
Segundo as narrativas islâmicas, há um único Deus, Alá, e Maomé é seu profeta, enviado para disseminar entre os homens os ensinamentos sagrados, quando este tinha quarenta anos. Com o auxílio da fortuna de sua esposa, Khadija, ele realizou seu apostolado, não sem enfrentar uma forte adversidade. Foi perseguido em sua cidade natal e obrigado a se exilar em Medina, em 20 de junho de 622, episódio que historicamente ficou conhecido como Hégira – emigração, ponto zero do calendário muçulmano até nossos dias.
O Islamismo condensa influências de várias religiões, além do princípio essencial da revelação divina, congregando elementos legados pelo Judaísmo, como a circuncisão, e possivelmente também o seu teor monoteísta; pela doutrina judaico-cristã, a idéia do Juízo Final; a veneração aos santos e a fé nos espíritos, os djinn, gênios do bem ou do mal, herdados de crenças ancestrais. Os preceitos ditados pelo Alcorão são considerados como verdades absolutas, incapazes de conter qualquer falha. Este livro é organizado em 114 suras ou capítulos, dispostos por tamanho, o maior contendo 286 versos. Há uma outra fonte de orientação para os muçulmanos, princípios que partem dos ditos e feitos do Profeta, ou seja, dos ahadith, contidos na Suna.
O Islã, significativo em seu teor religioso, é também uma doutrina moral e política. Como algumas religiões cristãs, ele também prega a crença no Juízo Final, com sua divisão entre os justos, que irão para o Paraíso, por toda a eternidade, e os maus, que arderão no fogo do inferno para sempre. Mas, ao mesmo tempo, o homem parece não ter escolha entre o bem e o mau, pois as pessoas parecem ter seu destino já traçado por Alá – uma de suas máximas afirma ‘estava escrito´.
Entre as obrigações dos fiéis do Islamismo estão as orações obrigatórias, cinco vezes ao dia, ajoelhado em um tapete e voltado para Meca; não exercer o culto de imagens, o que para eles representa um ato de idolatria, e visitar Meca pelo menos uma vez na vida. Aliás, esta é uma das cidades sagradas para os muçulmanos, que assim consideram também Medina, onde o Profeta edificou sua primeira mesquita, e Jerusalém, que os islamitas acreditam ser o local de onde Maomé ascendeu aos céus, na direção do Paraíso, para lá permanecer junto a Jesus e a Moisés.
Não há um clero islâmico, com uma hierarquia fixa e estabelecida. Quem coordena as orações em público é o imã, enquanto os teólogos cultos são conhecidos como Ulemás. Os muçulmanos realizam suas cerimônias religiosas dentro de templos chamados de mesquitas. Há algumas nações islâmicas em que o Governo permite a poligamia, prescrita pelo Corão, e nestes lugares o marido pode se unir a quatro esposas. Os muçulmanos formam basicamente dois blocos maiores – Sunitas e Xiitas. Os primeiros subdividem-se em Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Eles são herdeiros da tradição de Maomé, que teve continuidade nas mãos de seu tio All-Abbas. Já os Xiitas são discípulos de Ali, marido de Fátima, filha do Profeta; consideram-se os sucessores espirituais de Maomé.
Esta religião tem se desenvolvido muito nos últimos tempos, é agora a segunda maior do Planeta. Seus seguidores já ultrapassam a casa dos 935 milhões, mas a grande parte de seus discípulos ainda se localiza nos países árabes do Oriente Médio e do Norte da África. Aliás, dois preceitos fundamentais desta religião determinam justamente a dominação militarista da Terra e o extermínio daqueles que eles julgam ser os infiéis – judeus e cristãos -, na chamada Jihad, a Guerra Santa, que não é aceita pela maioria dos adeptos do Islã. Muitos a praticam, porém, porque recebem a promessa de que, se morrerem lutando, irão direto para o Paraíso. Alguns dos preceitos religiosos islâmicos estão traduzidos na Sharia, que guia os muçulmanos no seu dia-a-dia, no comportamento, nas ações e na alimentação. Ela determina que, além dos deveres já citados, o fiel pague o zakat – subsídio para auxiliar os pobres – e jejue no Ramadã, mês sagrado do Islã, durante o qual é comemorada a revelação divina transmitida a Maomé.
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