quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Postagem de Artes

Jac Leirner
Os processos de realização das obras de Jac Leirner costumam passar por um tempo onde a artista realiza uma longa coleta de objetos comuns, freqüentemente ligados ao universo do consumo. Ao criar os trabalhos, insere esses objetos do cotidiano no circuito artístico, retirando-os do fluxo previsto e atribuindo-lhes, portanto, outros significados. A atividade de colecionadora pode ter longa duração: algumas séries levaram 15 anos para ser concluídas. Na década de 1980, realiza uma série de trabalhos com papel-moeda. Em “Os Cem” (1987) utiliza notas de 100 cruzeiros. As células são furadas, presas em longas tiras e espalhadas pelo chão. Já em “Corpus Delicti” (1985-1993) reúne objetos roubados de aviões de carreira, como cinzeiros, que são ligados por uma corrente, de maneira a evocar uma jóia. A obra de Jac Leirner dialoga com a arte minimalista e a Arte Pop. O colorido, as figuras conhecidas por todos que habitam a cultura de massa, típicas da Pop, estão ali. A organização em série de pequenos elementos características do minimalismo, também. Note-se, porém, que sua obra traz um forte sentido poético e autobiográfico – aspectos que não costumamos ver em manifestações das vertentes citadas. Os legados de Duchamp e da arte construtiva também podem ser vistos como influências que articulam a estrutura da obra de Leirner.
Forma-se em artes plásticas pela Faap, onde leciona entre 1987 e 1989. Em 1991, atua como artista residente no Walker Art Center, em Minneapolis, nos Estados Unidos. No mesmo ano, na Inglaterra, é professora convidada da Universidade de Oxford e artista residente no Museu de Arte Moderna da mesma cidade. Integrou a 5° Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS, 2005.
 



Fonte: disponível em: http://www.cultura.gov.br/brasil_arte_contemporanea/?page_id=101

Data de acesso: 02/08/2012

 

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