Quinta-feira, 31 de maio de 2012 18:31 BRT
O dólar fechou em leve alta ante o real nesta quinta-feira,
acompanhando principalmente o cenário externo. Em maio, a moeda norte-americana
acumulou valorização significativa de 5,79 %, mês que também voltou ao patamar
de dois reais, em função de uma piora do quadro internacional e de
especulações.
Trata-se do terceiro mês
seguido de alta do dólar frente ao real. Entre março e maio, a divisa teve alta
de 17,3 %, levando o acumulado do ano a uma alta de 7,97 %. No curto prazo,
economistas ainda veem alguma pressão de alta em função do exterior.
A escalada do dólar continuou
em maio mesmo com uma ação mais contundente do Banco Central, por meio de leilões
de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado
futuro.
"O real não vai se
descolar do ambiente externo. Se ele piorar, o real vai continuar se
depreciando, e vice e versa. Claro que se a moeda subir acima de 2,05 reais ou
se ocorrer uma ruptura, que leve a uma alta extrema, o BC deve voltar a
atuar", disse o estrategista para América Latina do banco BNP Paribas,
Diego Donadio.
Para ele, a moeda
norte-americana pode se manter entre 2 e 2,05 reais nas próximas semanas, sendo
que acima desse teto, o mercado já acredita que aumentam as possibilidade de o
BC atuar, evitando uma valorização excessiva como fez este mês.
Com os leilões de swap
cambial, a autoridade monetária fez com que a divisa voltasse ficar em torno de
2 reais depois de ter chegado a atingir um pico de 2,107 reais durante a
quarta-feira da semana passada. A autoridade monetária, no entanto, fez sua
última atuação no dia 25 passado.
O diretor executivo da NGO
Corretora, Sidnei Nehme, por sua vez, citou ainda a possibilidade de o fluxo
cambial continuar negativo, com uma maior saída de dólares do país, o que
pressionaria a cotação.
Fonte: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE84U07620120531
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