O anúncio de que senadores da base aliada
criticaram a suspensão temporária do Paraguai do MERCOSUL foi feito no dia 28 à
noite pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota. Ele
destacou que não haverá sanções econômicas ao país vizinho.
“O ministro Patriota escreveu uma das páginas mais
tristes da diplomacia brasileira”, disse o presidente do PP, Francisco
Dornelles (RJ). O senador é um dos autores do requerimento aprovado na Comissão
de Relações Exteriores e Defesa Nacional, nesta semana, para que Patriota
esclareça o posicionamento do Brasil em relação ao impeachment do ex-presidente
paraguaio, Fernando Lugo.
A princípio, Patriota deverá comparecer ao Senado
no dia 11 de julho. A data, entretanto, pode ser alterada, dependendo da agenda
do ministro. Segundo Dornelles, não caberia ao Brasil e aos países do Mercosul
outra decisão se não a de acatar o impeachment votado e aprovado pelo
Parlamento do Paraguai e referendado pela Suprema Corte do país.
Para o vice-líder do governo no Senado, Gim Argello
(PTB-DF), a posição adotada pelo Mercosul representa uma “ingerência” externa
no Paraguai. “Deveriam ter respeitado uma decisão interna do país”, disse
Argello.
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), concordou
com Argello e afirmou que, apesar de não ter havido consulta ao partido, tem
certeza que a maioria da bancada é contra a decisão do Mercosul. Para Raupp,
teria sido mais prudente ouvir o Congresso Nacional antes de levar qualquer
posicionamento para deliberação com os integrantes do bloco do Mercosul.
Diferentemente dos senadores, líder do governo na
Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a decisão do bloco
foi influenciada pela tese do Brasil de não prejudicar economicamente o
Paraguai. “A sanção política do Mercosul é suficiente para mostrar a
desaprovação dos países membros com o golpe no Paraguai”, ressaltou Chinaglia.
Fernando Lugo teve o mandato cassado no dia 21
deste mês pelo Congresso do Paraguai em um processou de impeachment que durou
24 horas. Em seu lugar assumiu o vice-presidente Federico Franco, integrante do
Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), que estava fora do poder há mais de
70 anos.
Fonte:http://noticias.portalbraganca.com.br/internacional/politica-parlamentares-brasileiros-da-base-aliada-criticam-suspensao-temporaria-do-paraguai-do-mercosul.php
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